Segundo a Psicóloga e Psicopedagoga Dra. Gasparina Louredo de Bessa Braga (Gabi), birras são comuns em crianças de até cinco anos, sendo apontadas atualmente como uma das maiores vilãs do mundo infantil.
A Dra. Gabi afirma que, apesar dos transtornos, as birras devem ser bem-vindas, pois são expressões saudáveis do desenvolvimento intelectual. “Devemos sim é ter cautela, coerência e sabedoria ao lidar com estes comportamentos.”
Para isso, a psicóloga, que também é especialista em neuropsicologia, deixa 7 dicas importantes para as mamães e papais aprenderem a controlar birras sem podar o desenvolvimento da autonomia e da criatividade dos baixinhos:
Dica 1: A primeira delas é manter a calma e não se desesperar. Gritar, reclamar, perder o controle, fazer ameaças/promessas só reforça esse comportamento.
Dica 2: É importante dar um pouco de atenção sem delongar nas broncas ou usar a força agressiva.
Dica 3: Colocar-se ao nível da criança, dar explicações claras e curtas e, em alguns casos, estabelecer contato físico (abraçar, pegar no colo), mudar o foco da atenção, acalmar sem ceder ao pedido.
Dica 4: Nunca ceda às birras. Os pais devem ser firmes, mesmo que o filho chore e fique com raiva, isto mostrará à criança que há tempo para tudo e a ensinará a lidar com frustrações.
Dica 5: Ao final da birra, converse sobre o episódio – o que estava certo ou errado, porque não pode voltar a acontecer, as consequências de uma futura birra e do bom comportamento.
Dica 6: É necessário conversar muito sobre tudo que se vai fazer, estabelecer limites e regras, isto contribuirá para evitar a teima, deixará a criança mais segura e confiante.
Dica 7: Estejam atentos às situações que antecedem às cenas de birras, muitas delas podem ter como pano de fundo o cansaço, fome, estresse, desconforto emocional, etc.
Apesar de serem fases passageiras, comuns e importantes ao desenvolvimento infantil, birras podem ser também o início de sérios problemas, levando mães, pais e filhos à loucura e, em algumas situações, causarem graves distúrbios comportamentais. “O momento de buscar ajuda de um psicólogo é justamente este, quando as birras vão perdurando por muito tempo, tornando-se cada vez mais constante e de difícil controle; ou em situações de prevenção, quando os pais perceberem suas dificuldades em lidar com os episódios.”