"Adolescência do bebê": a famosa crise dos dois anos
Você já ouviu falar em adolescência do bebê ou "terrible twos"? Esse é um fenômeno comum que acontece por volta dos dois anos de idade da criança. É quando o pequeno se dá conta de que é um indivíduo e luta para conquistar o seu espaço fazendo malcriações, gritando, batendo nos outros ou se jogando no chão. Nessa fase, os pais precisam ter muita paciênciae calma e ensinar que esse comportamento não leva a nada, estabelecendo limites.

De forma geral, essa mudança de comportamento ocorre entre 1 ano e meio e 3 anos de idade, podendo se estender até os 4 anos. A criança começa a se comportar de modo opositivo às solicitações dos pais, ou seja, o desejo de contrariar os pais é constante na crise dos dois. Até mesmo crianças que antes eram obedientes e tranquilas podem adotar esse comportamento ao ser contrariada pelos pais. Porém, vale lembrar que não são todas as crianças que passam por esse período com esse padrão de comportamento, mas todas estão sujeitas.

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A causa da crise dos dois é simplesmente o desenvolvimento natural da criança. Essa fase é de grandes mudanças para o pequeno, pois ele passa a se perceber como indivíduo, com vontades e opiniões próprias. Ele percebe que não precisa mais seguir as decisões dos pais, pois podem tomar as suas. Tudo isso acaba gerando uma grande resistência aos pedidos dos pais. Não é uma ação consciente da criança, mas é uma descoberta de si mesmo como um ser independente.

Como lidar com essa fase?

Essa é uma experiência intensa e, na maioria das vezes, difícil para os pais e também para a criança. Mas é fundamental que eles conheçam e aprendam a lidar de modo construtivo com essa fase.

Muitas vezes, os pais acabam perdendo a paciência na hora da crise uma vez que não adianta conversar nesse momento. Mas isso não pode ocorrer. Na hora da birra, da gritaria e da malcriação, não adianta punir, gritar ou dar palmadas na criança. Isso pode fazer com que a crise demore ainda mais a passar, a criança pode ficar constrangida e até mesmo os pais podem se sentirem constragidos. É preciso agir com afeto, amor e respeito, estabelecer limites.

Jamais ceda às manipulações, como choros, pedidos de ajuda e reclamações. Diga ao pequeno que só vai conversar depois que ele se acalmar. Após a birra, discipline a criança, converse sobre o que você espera do comportamento dela e sobre as consequências para seu mau comportamento.

Outra dica bacana é após a birra, abaixar-se a altura da criança e conversar com ela olhando nos olhos e com voz firme para a criança entender que os pais estão falando sério e que aquele comportamento é inaceitável.

As crianças, assim como os adultos, também ficam bravas, frustradas, tristes e chateadas. Isso é natural do ser humano. E ao longo da vida, ela vai se deparar com situações que despertem esses sentimentos nelas. E a infância é a melhor fase para que elas aprendam a lidar com eles. Sendo assim, para contribuir para o desenvolvimento emocional e psicológico dos pequenos, os pais devem parar de tentar poupá-los desses tipos de situações e passar a explicar esses sentimentos, indicando caminhos para que a criança consiga lidar com eles.

 

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