Muitas doenças infecto-contagiosas diminuíram com a pandemia de Covid-19 por causa do isolamento das crianças, com creches e escolas fechadas. Uma exceção é a Roséola, pois casos dessa doença têm aumentado em várias regiões do Brasil. Um estudo publicado este mês, feito no Japão ao longo do ano passado, aponta que, de junho a dezembro de 2020, o número de admissões hospitalares aumentou significativamente em comparação com o mesmo período de 2015 a 2019.
O crescimento, ainda segundo os especialistas, pode estar associado ao aumento do contato intrafamiliar pelo trabalho mais frequente em casa. “É sabido que são essencialmente mães, pais e cuidadores que transmitem o herpesvírus 6B ou 7 para os seus bebês, então a principal causa seria exatamente o maior contato domiciliar entre os familiares e bebês”, explica o pediatra Flávio Melo ao portal Crescer.
A Roseola infantum – ou exantema súbito – é uma doença infecciosa viral, normalmente benigna. A causa mais frequente para seu surgimento é o vírus do herpes humano tipo 6, mas outros também podem causá-la, como vírus do herpes humano tipo 7, enterovirus, coxsackie vírus A e B, adenovírus e parainfluenza tipo 1. A doença pode afetar qualquer bebê ou crianças, sendo mais comum entre 6 meses e 2 anos de idade.
Os principais sintomas são febre alta, irritabilidade, às vezes diarreia e irritação na garganta por 3 a 4 dias e, depois que a febre desaparece, surgem manchas avermelhadas pela pele.
Tratamento
Não há vacina contra a roséola. O tratamento é sintomático, com antitérmicos e manter uma boa hidratação. Quase sempre a evolução é tranquila.
Segundo o pediatra Flávio Melo, não é preciso - necessariamente - correr para o hospital ao sinal de roséola. “Se o bebê estiver aceitando líquidos, tomando direitinho o remédio para febre e sem outros sinais de alerta, pode ser acompanhando em casa. Caso tenha sinais de letargia, recusa de líquidos, recusa dos remédios, aí sim merece avaliação em pronto-atendimento pediátrico”, explica.
Roséola X Covid-19
Uma preocupação que surge é como diferenciar a Roséola da Covid-19, uma vez que febre sempre faz pensar no novo coronavírus, ainda mais que a Covid também pode ocasionar manchas vermelhas na pele. Porém duas características são importantes nessa diferenciação:
1) A Roséola, diferentemente da Covid-19, não tem sintomas gripais. O quadro inicial é somente a febre persistente.
2) É importante investigar os contatos, pois nos casos de Covid-19 é comum haver um ou mais familiares também sintomáticos, diferentemente da Roséola, quando apenas a criança está sintomática.
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