Como reagir à masturbação infantil?

Com a retirada das fraldas, as crianças passam a ter mais acesso aos genitais, portanto é natural que explorem o novo território da própria anatomia e descubram sensações gostosas. Trata-se de um prazer infantil, pois elas não têm a capacidade de erotização do adulto. E, por não haver malícia nem compreensão das regras sociais, é comum que façam isso num almoço de domingo com a família inteira na sala, por exemplo. Como reagir nesses casos?

A masturbação infantil, natural do desenvolvimento, é descoberta em diferentes fases e praticada usando as mãos, um bichinho de pelúcia entre as pernas, se esfregando no braço do sofá. Quando um adulto reage mal, a criança pode entender o prazer sexual como proibitivo e sujo. A orientação é mostrar que há hora e lugar para tudo. Não castigue seu filho ou reaja de forma que ele se envergonhe da atitude.

Menores de 2 anos não assimilam o conceito de privacidade, basta distraí-los quando se estimularem em público. A partir dessa idade, diga com calma: “Sei que é gostoso mexer no pênis/vulva [ou apelido], mas só faça isso quando estiver sozinho no quarto ou banheiro, tudo bem?”.

Aproveite para introduzir a noção de consentimento, explicando que os genitais são especiais e ninguém deve tocá-los – a não ser pais, avós ou outros cuidadores durante o banho ou limpeza. E que, caso aconteça, ele deve contar e você não vai ficar bravo.

Reconhecimento
Nessa fase, as crianças também começam a reconhecer o gênero ao qual pertencem e a repararem nas diferenças anatômicas entre meninos e meninas. Elas correm peladas, arrancam as roupas das bonecas, espiam os corpos dos pais com mais atenção e se envolvem em dinâmicas do tipo “mostra-o-seu-que-eu-mostro-o-meu”. Por mais assustador que seja flagrar os chamados “jogos sexuais infantis”, conhecidos como “troca-troca” ou “brincadeira de médico”, recorrentes entre os 7 e os 10 anos, interprete o comportamento sob a ótica da criança. A maldade e o erotismo estão no olhar do adulto.

 

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