Mães que trabalham fora estão fazendo com que seus filhos tenham distúrbios mentais no futuro. Esse é o alerta da psicoterapeuta Erica Komisar, de Nova York, que vem dividindo opiniões e fazendo polêmica.
Segundo a especialista, as mães que voltam a trabalhar muito cedo depois de darem à luz, estão prejudicando a saúde mental de seus filhos. Em um vídeo para o New York Post, Erica revelou que tem visto um “nível epidêmico de transtornos mentais em crianças muito novas”. Ela atribui isso à “desvalorização da maternidade na sociedade”.
Ela explica que os bebês experimentam uma avalanche de cortisol e muito estresse quando estão longe de suas mães. “Nossa sociedade diz às mulheres para voltarem ao trabalho e fazerem o que querem, que as crianças vão ficar bem”, explicou. “Mas elas não estão bem”.
Erica argumentou que quando as trabalhadoras voltam para casa à noite passam apenas 90 minutos com seus bebês antes de eles dormirem. E, então, descobrem que eles não dormem a noite toda porque estão ansiosos por atenção.
Para Erica, se o seu filho não tiver você o dia todo, ele vai querer tentar compensar mais tarde. É por isso que muitas mães acham que seus bebês permanecem muito tempo amamentando à noite. Longe de ser um capricho do bebê, isso pode ser uma tentativa de estar com sua mãe o maior tempo possível antes de perdê-la novamente pela manhã.
“90 minutos por dia não são suficientes para proporcionar segurança emocional às crianças, regular suas emoções e protegê-las do estresse”, diz a psicoterapeuta.
Sem escolha
No Brasil, a licença-maternidade é de 4 meses. Mas se a companhia aderiu ao programa “Empresa Cidadã”, do governo federal, os prazos podem ser prorrogados por mais 2 meses, totalizando 6, que já são garantidos para as funcionárias públicas.