A busca incessante das mulheres pela beleza por meio de um corpo atraente e um rosto bonito nunca foi tão intensa. O segredo da juventude eterna ainda não se conhece, mas todos os dias encontra-se uma nova dieta, cada vez mais rigorosa e com resultados melhores; que somada à prática regular de atividades físicas e procedimentos estéticos permitem resgatar um pouco do que foi perdido ou mudado durante a gestação e a amamentação.
O cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Lincoln Graça Neto ressalta entre esses procedimentos o Mommy Makeover, uma expressão americana voltada às necessidades de cuidados de cirurgia plástica que as mulheres apresentam após terem sido mães, dirigidos concretamente a duas zonas específicas: o peito e o abdômen. “Estudos e a prática diária no consultório mostram que essas são as áreas mais comprometidas do corpo da mulher durante a gestação”, avalia o especialista, que ressalta, a seguir, o que pode ser feito:
Abdômen
Entende-se por abdômen todo o contorno corporal do tronco da paciente: abdômen, flancos, cintura e região pubiana. A cirurgia ou procedimento estético a ser realizado depende das áreas acometidas e da intensidade em que foram danificados esses tecidos. São variantes que devem ser observadas com muito critério pelo cirurgião plástico: se há estrias, flacidez de pele, frouxidão muscular, gordura localizada ou em excesso. As cirurgias mais frequentes para essas áreas são a lipoaspiração, miniabdômen e abdominoplastia.
A abdominoplastia é um dos procedimentos cirúrgicos em que há maior possibilidade de remoção de tecido gorduroso e do excesso de pele da porção inferior e média do abdômen. Tem o intuito de tratar a grande flacidez da parede abdominal por meio da correção do posicionamento da musculatura e ressecção do excesso de pele e gordura. A cicatriz normalmente se encontra na porção inferior abdominal e pode se estender de um lado ao outro da bacia.
Exceção pode ocorrer nos casos de pacientes com cicatriz prévia no abdômen que necessita de avaliação específica. Atualmente, tem se realizado, em alguns casos, a associação da abdominoplastia com a lipoaspiração dos flancos (cintura) com o intuito de melhorar o contorno do tronco. Não se recomenda nenhuma cirurgia estética antes de seis meses de pós-parto ou cesariana.
Mamas
Em relação às mamas, há que se aguardar o final da amamentação e a completa parada na produção do leite materno para qualquer procedimento cirúrgico. Normalmente observa-se certa frouxidão de pele e diminuição do conteúdo ou do volume das mamas. Essa combinação, pele fina e mais frouxa com diminuição da glândula, pode levar a flacidez leve e/ou até a “queda” das mamas. As cirurgias mais comuns são a mamoplastia de aumento (prótese mamária), o levantamento da mama (com prótese ou, às vezes, sem prótese – a mastopexia), e, finalmente, a redução mamária.
A flacidez e “queda” das mamas é chamada de ptose mamária, se deve na maioria das vezes por ação do tempo (idade), perda de peso, flacidez de pele, pós-gestacional e ação da gravidade. Nesses casos há uma desproporção entre a quantidade de pele, sua consistência e a quantidade de glândula. Ou seja, um excesso de pele e uma pequena quantidade de glândula que sob a ação da gravidade levam à alteração da forma, volume e consistência das mamas. Nas formas mais avançadas os mamilos podem estar completamente voltados para baixo.
A finalidade da cirurgia é restabelecer a forma das mamas proporcionando melhora do volume e/ou consistência, tornando-as com aparência mais jovem. Nos casos onde há desproporção entre o tamanho das aréolas estas podem ser diminuídas, deixando-as mais harmônicas. Já naqueles onde há grande perda do volume das mamas há a possibilidade de se utilizar próteses mamárias de silicone com a finalidade de aumentar o volume e consistência de uma maneira mais significativa.
Vale salientar que as próteses não atrapalham a amamentação. Isto vale para aquelas que já possuíam prótese mesmo antes da gestação, ou aquelas que pretendem colocá-las após ter tido filho e que pensam em ter mais uma gestação.