No final do último século, vimos surgir um novo modelo de pai: não apenas o responsável pelo sustento da família, exemplo de homem trabalhador e honrado, modelo de autoridade dentro do lar, mas aquele com quem as mulheres passaram a dividir os cuidados cotidianos com os filhos e a casa, reivindicando sua participação na gravidez, parto e pós-parto.
Os sentimentos dos homens durante a gestação podem ser os mais diversos: orgulho, pois a paternidade é um símbolo de sua virilidade; inveja, pois está “excluído” da gravidez e do parto; ciúme da atenção que a mulher dedica ao bebê. Por outro lado, ao mesmo tempo em que as mulheres demandam por sua participação, no dia a dia, os excluem inconscientemente, pois têm dificuldade em partilhar o “poder” do cuidado com os filhos.
Na mulher, as mudanças físicas e psicológicas são visíveis, devido ao abdômen que cresce e aos hormônios, que a fazem mais sensível. Mas isso não significa que o pai também não seja afetado! Alguns pais informam que passaram a sentir náuseas e vômitos, outros até ganham peso. Eles realmente vivenciam a gestação e as transformações que ocorrem no organismo da mulher.
A presença do pai é fator primordial durante toda a gestação e após o nascimento do bebê. Um pai afetivo e companheiro no processo de desenvolvimento de uma criança fará com que esta se torne um adulto feliz, cooperador e criativo. E mais, uma participação positiva (isto é, satisfatória tanto para a mulher quanto para o homem) durante a gravidez, parto e pós-parto formará uma excelente base para a construção de uma boa relação pai/filho.
O modelo patriarcal utilizado até agora não satisfaz os novos pais: eles desejam demonstrar ao mundo que também têm filhos e que podem participar do processo, sem que isso possa abalar ou por em dúvida sua masculinidade.
Evidentemente, do ponto de vista social, devemos lutar para que a todos os homens sejam assegurados direitos de participação maiores que os atuais: uma licença paternidade significativa, e não os cinco dias, licença para acompanhar a mulher ao pré-natal, presença no pré-parto e sala de parto, em todas as maternidades, públicas e privadas. Com os direitos assegurados, caberá ao casal construir seu próprio modelo de participação. Hoje, ninguém mais acha absurdo o fato de um pai pedir licença no trabalho para levar o filho ao médico, ou participar de reuniões da escola. Na sociedade atual, ser pai é participar!
Pais presentes
• Ajude em pequenas e grandes tarefas: ofereça apoio, compreensão e assistência em casa, ajudando nas tarefas mais simples até as complexas. Ajude-a a descansar no final da gestação. Faça a paz reinar no seu lar!
• Esteja sempre presente: é comum a oscilação de humor na gravidez, devido às mudanças hormonais. Tente entender e procure dar apoio, faça o seu melhor para ajudar a superar esta fase! Dê muito amor e carinho! E, não se esqueça, prepare-se para assistir ao parto!
• Libere seu lado massagista: retenção de líquidos e inchaço são muito frequentes na gravidez. A massagem ajuda na drenagem destes líquidos, além de ser um gesto de carinho! Você também pode exercitar-se com sua companheira: caminhem juntos!
• Mostre interesse: visite seções para bebês com ela, mostre interesse dando opiniões e ajudando nas escolhas! Busquem informações sobre gravidez: leiam juntos. Aproveite para conversar com seu bebê e colocar música para ele ouvir!
• Acompanhe-a nos cursos para gestantes: é um grande aprendizado para o casal. Juntos, vocês receberão orientações sobre a gravidez, o parto e, principalmente, sobre os cuidados com o bebê, ajudando-os a superar as primeiras dificuldades.
• Providencie a cadeirinha de transporte do bebê: por motivo de segurança, o bebê não pode sair do hospital sem ter um assento de carro regulamentado, instalado em seu veículo. Deve estar comprado para quando o bebê nascer.
• Monte o quarto do bebê: escolham juntos a decoração do quarto do bebê. A pintura deve ser feita logo no início. Quanto aos móveis, providenciar quando o dinheiro estiver disponível. Ajude a pendurar cortinas, instalar prateleiras e até montar o bercinho, se for o caso.
• Acompanhe-a nas visitas ao médico e interaja com ele: fique a par de como está evoluindo a gravidez e do estado de saúde dela. Além disso, ver seu próprio bebê crescer e se desenvolver na barriga de sua parceira, ouvir o som dos batimentos cardíacos, é maravilhoso! Não perca os exames de ultrassom!
• Planeje tudo, tenha uma estratégia planejada para o início do trabalho de parto: escolham a maternidade com antecedência (visitem as maternidades de sua preferência durante a gravidez), rota para o hospital, quem vai cuidar dos outros filhos e da casa, quem avisar que o bebê está para chegar! Tenha certeza de que o carro estará pronto e que você poderá se ausentar algum tempo do trabalho. Você também deve planejar a parte financeira, não se esquecendo das despesas médico-hospitalares.
• Não se esqueça do relacionamento a dois: muitas coisas irão mudar quando o bebê vier ao mundo. Este é o momento de consolidar o amor que vocês têm um pelo outro.
• Não percam o romantismo: saiam para jantar, planejem pequenas viajens, faça declarações de amor e lhe dê alguns presentinhos! Faça com que se sinta desejada e bela. Lembre-se de que, apesar de agora serem pai e mãe, vocês continuam sendo companheiros. Não deixe a chama do amor se apagar!
Diferenciais da Maternidade São Luiz
• Participação do pai nas visitas monitoradas à maternidade;
• Participação do pai nos cursos preparatórios para pais (anteriormente denominado curso de gestantes, teve o nome alterado há 2 anos, devido à grande participação do pai durante as aulas!);
• Pulseira de identificação “SOU PAPAI” (brinde), que o pai ganha no momento da internação em nossa maternidade, facilitando seu trânsito pelas alas da unidade;
• “SLING”, suporte fornecido ao pai em sala de parto, para que possa segurar seu bebê logo após o nascimento, mantendo-o aquecido e seguro, junto ao corpo do pai (brinde);
• Presença do pai durante todo o período de internação da gestante, podendo acompanhá-la no pré-parto, parto e pós-parto;
• Presença do pai no momento do 1º banho do recém-nascido, ainda no berçário admissional, antes do encaminhamento para o andar;
• Participação do pai no programa Maternidade Ativa: orientações sobre os cuidados com o bebê, durante todo o período de internação, permitindo que o mesmo realize o banho no quarto, bem como, técnica de massagem para bebês;
• Presença do pai na UTI Neonatal, junto ao seu bebê, inclusive sendo permitido a realização do método Canguru (Pai Canguru).
Na mulher, as mudanças físicas e psicológicas são visíveis, devido ao abdômen que cresce e aos hormônios, que a fazem mais sensível. Mas isso não significa que o pai também não seja afetado! Alguns pais informam que passaram a sentir náuseas e vômitos, outros até ganham peso. Eles realmente vivenciam a gestação e as transformações que ocorrem no organismo da mulher.