Conheça o exame que identifica a Síndrome de Down na gestação
Será que o meu bebê é perfeito? Qual futura mamãe nunca se fez essa pergunta, não é mesmo? Essa é uma dúvida bastante comum na gestação. Sentir-se ansiosa e até mesmo um pouco angustiada nessa fase é natural. A expectativa de toda mãe é que o feto se desenvolva na sua plenitude e que o bebê chegue saudável. Até agora, para a gestante saber se o bebê tinha alguma síndrome genética, ela precisava se submeter ao exame de translucência nucal, que detectava a possibilidade de alguma alteração nos cromossomos principais do feto. Porém, com o novo teste fetal, as gestantes poderão identificar síndromes e malformações fetais com apenas 10 semanas de gestação. “O novo exame de sangue (o NIPT “non-invasive prenatal test”, mais conhecido como teste de DNA fetal no sangue materno) serve para dar mais tranquilidade àquelas mães que sofrem com a angústia de saber como está o desenvolvimento do feto e que acabam levando essa ansiedade para a hora do parto”, explica o médico especialista em medicina fetal Dr. Sang Choon Cha. De acordo com o Dr. Sang, as anomalias cromossômicas aumentam, na maioria das vezes, com a idade materna, principalmente as trissomias, que são caracterizadas por excesso de cromossomo, sendo as mais frequentes a Síndrome de Down, a Síndrome de Edwards e a Síndrome de Patau. Já as monossomias, caracterizadas por falta de cromossomo, independe da idade materna, particularmente a monossomia do cromossomo x (Síndrome de Turner). Para diminuir a ansiedade das mamães em relação ao desenvolvimento do feto e tirar importantes dúvidas sobre esse novo exame que permite identificar a Síndrome de Down, o Dr. Sang conversou com o Manual da Mamãe. Confira: Esse exame oferece algum risco para a mãe ou o bebê?Não há risco nenhum para o feto, pois o ambiente uterino não é invadido por agulhas. Basta uma picada no braço da mãe para que seja feita a coleta do sangue. E, por isso, o exame pode ser realizado por qualquer mãe que queira saber sobre a normalidade cromossômica do seu feto e o resultado mostra 100% de certeza para Síndrome de Down. Quando deve ser feito o exame?O novo procedimento pode ser realizado a partir da décima semana de gestação até o fim da gravidez. E a mãe pode ter toda a segurança com o diagnóstico. Há alguma contraindicação?O exame pode ser feito com a paciente em jejum ou não, isso não interfere no resultado. No procedimento laboratorial é retirado dois tubos de 10 ml de sangue da paciente e não tem nenhuma contraindicação. O exame fica pronto em média de 10 dias. Quais são os diagnósticos que podem ocorrer com esse exame?O exame ajuda a identificar alterações no cromossomo 13, que provoca a Síndrome de Patau; no cromossomo 18, responsável pela Síndrome de Edwards; no cromossomo 21 da Síndrome de Down; nos cromossomos X (síndrome de Turner) e cromossomo Y (Síndrome de Klinefelter). E se o resultado da análise for positivo?Em casos de resultado positivo para as síndromes, é preciso ter uma abordagem multidisciplinar, ou seja, aconselha-se um acompanhamento psicológico para orientar o casal antes mesmo do nascimento, o que ajuda muito a preparar para a chegada desse bebê especial.