A incontinência urinária é definida pela ICS (International Continence Society) como toda perda involuntária de urina, que pode ser com ou sem esforços. A incontinência de esforço é a mais comum podendo chegar a 40% nas mulheres jovens e a 55% nas mulheres menopausadas.
Segundo a especialista, as grávidas que apresentam maior risco de desenvolver incontinência urinária são aquelas com histórico de sedentarismo, sobrepeso, constipação crônica, tosse crônica, tabagismo, diabetes, fator genético para diminuição de colágeno, gravidez tardia, mais de uma gravidez, parto normal prévio complicado, e gravidez anterior com feto grande.
Portanto, para prevenir o problema, antes mesmo de engravidar, a mulher deve ter bons hábitos de alimentação, boa ingestão de água e fazer atividade física regularmente. Ao engravidar, ela deve fazer acompanhamento adequado com o obstetra e realizar fisioterapia para o preparo do assoalho pélvico, avalia a Dra. Clarissa.
Quando o problema persiste
Aquelas que permanecerem incontinentes por mais de três meses de pós-parto devem procurar o ginecologista para avaliação e exame físico e definição do tratamento. A ginecologista explica que para incontinência urinária de urgência associada à bexiga hiperativa o problema é no funcionamento da bexiga e, portanto, o tratamento é com medicamentos, laser, mudanças de hábitos, botox intravesical, neuromodulação, entre outros.
Já para a incontinência urinária de esforço, provavelmente houve frouxidão ou rotura da fáscia endopélvica e dos músculos do assoalho pélvico e, portanto, o tratamento é a reabilitação desses tecidos com fisioterapia, laser e cirurgia, a depender de cada caso.
“Lembrando que a cirurgia de escolha é a Sling, com passagem de uma tela de polipropileno abaixo da uretra média. Cirurgia esta que pode ser associada à perineoplastia, que é a correção da frouxidão da vagina e dos músculos do assoalho pélvico”, orienta a especialista.
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