Por que a gestante deve ser acompanhada por um dentista?
A espera de um bebê é um momento muito especial para a mamãe e para toda a família, e traz consigo uma série de cuidados e atenções à mamãe e ao bebê. Além do acompanhamento médico pré-natal, é fundamental que a gestante também seja acompanhada por um dentista, realizando o pré-natal odontológico, pois o estado da saúde bucal da gestante tem íntima relação com sua saúde geral e a do bebê, alerta a proprietária da Neo Curitiba, a ortodontista Dra. Stella Travalão Faria Dumke.

A orientação é que a gestante comece o pré-natal odontológico logo no início da gestação e receba os cuidados preventivos ou curativos, dependendo da sua necessidade. Na Neo Curitiba isso é feito por meio do check-up preventivo digital, um exame de imagem que avalia boca, dentes e gengiva, que permite a realização de um laudo minucioso e o planejamento de acompanhamento da gestante.

“Em casos de tratamentos curativos, utilizamos anestésicos e medicações ideais para essa fase. A gestante recebe também orientações sobre os cuidados necessários da cavidade bucal do futuro bebê, sobre aleitamento materno, utilização de bicos artificiais (chupeta e mamadeira), sintomas de erupção dentária e exame da cavidade bucal em busca de anomalias que possam interferir no aleitamento, como, por exemplo, língua presa”, pontua.

Outra orientação muito importante nesta fase é que a alimentação balanceada da mamãe favorece a formação saudável dos dentes do bebê. “Por volta da sexta semana de gestação os dentes decíduos (de leite) começam a se formar, no quarto mês de gestação se inicia o desenvolvimento do paladar do bebê e a formação dos permanentes ocorre a partir do quinto mês de vida intrauterina”, explica.

Consequências

Dentre as mudanças fisiológicas da gestante destaca-se alteração da acidez bucal e o pH salivar, facilitando o surgimento de cáries. Uma das doenças mais comuns na gestação é a gengivite, que é a inflamação da gengiva, causada pelo acúmulo de placa associada às alterações hormonais. A gengivite não tratada pode evoluir para a periodontite, uma doença que atinge o osso com possibilidade de perda dentária. “Por isso, é preciso acompanhar e intervir na hora certa”, esclarece. “Além disso, várias evidências comprovam a relação entre infecções bucais durante a gestação e o risco de o bebê nascer com baixo peso ou prematuramente. Estima-se que metade dos partos prematuros, sem fator de risco estabelecido, podem estar associados à doença periodontal”, acrescenta.