A importância de proteger seu filho do sol
A pele do bebê é extremamente sensível à radiação solar. A exposição excessiva pode causar queimaduras, manchas e aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de pele na vida adulta. Apesar da maturidade da pele ser completa 12 meses após o nascimento, a pele da criança ainda é muito sensível ao sol. É necessário cuidados intensos nessas fases que são repletas de passeios no parque, brincadeiras ao ar livre, muita praia e piscina.

A Pediatra com Especialização em Dermatologia Pediátrica, Dra. Habibe Giovanna Lopes explica que o ideal é evitar a exposição solar antes do bebê completar seis meses de idade, já que o uso do protetor solar só é permitido a partir dessa fase. Essa medida deve-se ao fato de que, por ser mais fina, sensível e permeável, a pele do bebê que ainda não completou seis meses está sujeita à intoxicação pelas substâncias químicas dos fotoprotetores.

“Os cuidados com a pele do pequeno tem por objetivo a preservação da integridade cutânea, prevenir a toxicidade e evitar exposições químicas prejudiciais à pele;  assim como a exposição excessiva ao sol, que além de aumentar o risco de câncer da pele, pode provocar alterações visuais como catarata e degeneração macular da retina, de uma forma particular, quando essa exposição solar excessiva ocorre na infância”, informa a Dra. Habibe.

Os filtros solares infantis recomendados a partir dos seis meses devem conter óxido de zinco e dióxido de titânio (filtros físicos inorgânicos ou minerais). Esses dois agentes previnem a penetração na pele da radiação ultravioleta B (UVB), radiação ultravioleta A (UVA), além da luz visível e do infravermelho. “Esses filtros não são irritantes, nem fotossensibilizantes, uma vez que não penetram além da camada córnea da pele, não tendo absorção sistêmica”, esclarece. A radiação ultravioleta (UV) tem efeitos benéficos, como a formação da Vitamina D3 importante para os ossos e seu crescimento, e também o seu uso de forma controlada no tratamento de várias doenças de pele como psoríase e vitiligo, entre outras. Os horários recomendados para exposição solar são até as 10 horas da manhã e após as 16 horas.

Como usar o filtro solar

O protetor solar infantil deve ser, se possível com fator de Proteção Solar (FPS) maior do que 30 e com proteção contra raios UVA. É recomendado que seja aplicado 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas que a criança ficar em ambiente aberto. As partes do corpo que merecem mais atenção são o rosto, o tronco e os membros. Lembrar sempre de reaplicar ao sair do mar ou piscina ou se transpirar muito; e também não esquecer de locais especiais como orelhas, atrás do pescoço, a parte de cima dos pés, atrás das pernas e braços. Dentre as 10 e 16 horas não permita que a criança fique exposta ao sol. Uma boa dica é deixar o bebê ou a criança o maior tempo possível de chapéu.